De små fåglarna
O passarinho,
ainda os Alexsquia e a normalidade Chego no Bagunçaço as seis da manhã e me deparo com ele ou na verdade com seus chamados pela mãe, era um som diferente e repetitivo, depois de uns vinte minutos procuro a origem e lá o vejo acuado nuns dos corredores, tento me aproximar, mas ele assutado esbouça um voo e vai pra mais longe, tenho que voltar a minha sala, pois estou com Lennart no skype, meu assessor para assunto escandinavo, ele na Suécia, tratamos de doações para o projeto, penso que já já um menino chega e com disposição pega o passarinho e coloca de volta numa das arvores. Assistindo o tele-jornal que cada vez insiste em mostrar quão atual é a música do Raul" Eu não preciso ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz", vejo alguem da secretária de saúde explicar porque só três dias para a vacinação de meningite, segundo a entrevistada o governo tem outras campanhas de vacinação, foram três dias de tumulto, brigas e até tiroteios, pois a população no extinto da preservação da especie pernoitou nos postos de saúde, que por sua vez teve os horários de vacinação alterados sem aviso prévio, muitas vezes só começando 3 hora depois do previsto e terminando antes. Ouço ao longe o som da nossa Eco-Afro Filarmônica, trompetes,, descargas sanitárias, clarinetas, tonéis, saxofones e latas entre outros se esforçam para criarem uma harmonias, a bagunça sonora me alegra, vou dá uma olhada na sala de música e vejo o Alexsquia menor, o de onze anos todo garboso com um trombone de vara maior que ele, vejo também Rafael doze anos, irmão de Wendel de dezessete anos que tomou dois tiros no dia anterior, chamo ele e pergunto pelo irmão, ele diz que ainda esta no hospital, infelizmente assim como eu ele também trata a conversa com normalidade, pois essa é a quarta vez que Wendel é baleado, novamente me volto ao Alexsquia, lembro que é o ultimo dia da vacinação e lembro também que ele não existe, pois segunda a mulher da entrevista, "crianças de 10 a 14 devidamente documentadas com certidão de nascimento ou carteira de identidade originais" nisso ela não menti e é taxativa. Passarinhos!!!! meus filhotinhos, por favor, evitem ao máximo caírem de seus ninhos, mães passarinhos prestem atenção em seus filhos, sabe aqueles traquinas ou inquietos ou até o quietos demais, eles podem cair do ninho e minha experiencia de 18 anos de Bagunçaço mostra que da um trabalhão colocar de volta. Tomo todos os cuidados enquanto um especialista (um moleque qualquer) não chega para devolver o passarinho ao ninho, fecho a porta para o gato da vizinha não entrar e deduzo que ele não conseguiria ir para a nossa área externa, onde nossos "pit lata,"( dois cachorrinho crias de um pitbull de um amigo com um vira lata daqui da rua, a fêmea se chama Lata e o Macho Pit) patrulhavam, esse nossos guardiões fora o nome e a origem, são a coisa menos criativas que temos, são amáveis conosco, mas desconfiados, já causaram muitos transtorno, mas são nossa segurança patrimonial. Semana passada chamei Wendel e o amigo dele Kçuki e dei conselhos, eles estavam fumando maconha aqui perto do projeto, eu já tinha notícias de que suas cabeças estavam a prêmio, eles criaram há dois anos com outros colegas a Equipe Filme, um nome para fazer frente a jovens de outros bairros nas festas, começaram com brigas, evoluíram para tráfico e roubos, ficaram famosos e agora tudo que acontece aqui é atribuído a eles, as vezes são eles mesmo muitas vezes não, nas janelas alguns vizinhos não entendem como eu posso ter tanta autoridade com esses meninos armados com pistolas, eles não erguem a cabeça enquanto falo, aconselho que saiam da comunidade, mudem de vida, invoco nomes de pelo menos uma dezena de outros meninos já mortos. Rogério, quinze anos, não difere em nada dos meninos da Equipe Filme, inclusive é a cara dele que aparece na foto do Jornal sendo revistado, quando após a morte de um agente penitenciário durante um assalto aqui no bairro a policia tenta mostrar serviços, Rogério é um menino pacato, fala baixo, atencioso, bom filho, vai a escola todo dia, e nem se quer fala com os meninos envolvidos no tráfico, ele ficou muito triste de sua aparição no jornal, sua mãe indignada, mas favelados é tudo igual, peço a Rogério que salve o passarinho, ele sai para cumprir a missão e volta triste pra me informar que o passarinho conseguiu passar para a área externa e foi estraçalhado, em seguida me pergunta se ouvi tiros na madrugada, por fim informa que Kçuki foi morto com 6 tiros dentro da própria casa, nisso avisto um bilhete de Andreia me avisando que só faltou quebrar o posto de saúde, mas a mulher lá não vacinou o Alexsquia, pois ele só tinha o cartão de vacina e nenhum documento original. Ahhh!! amigos como é difícil!!! batalhas perdidas, não salvamos o Kiçuki da Secretaria de Saúde, o Alexsquia dos Pit Lata(cachorros) nem tão pouco o passarinho do grupo de extermínio, a ordem das coisas aqui já não importam mais. Tillbaka till Lennarts startsida |